PESQUISA ATUAL
Minha pegada taxônomica
Até o momento, eu já descrevi 7 espécies, 5 gêneros e uma família.
Taxonomia
Descobrir espécies novas é uma das conquistas mais emocionantes da ciência. A taxonomia não é apenas divertida; é necessária. Espécies estão se extinguindo em um ritmo alarmante e ao negligenciar a descrição e classificação da biodiversidade, nós estamos perdendo informações relevantes para melhorar as estratégias de conservação, gestão de ecossistemas, biotecnologia e o nosso bem-estar.
Filogenia, Biogeografia e Macroevolução
Eu estudo a relação entre invertebrados marinhos e estimo o tempo de origem e diversificação dos principais grupos, com base em seus registros fósseis. A minha pesquisa é interdisciplinar e intersecta a Paleontologia e a Zoologia.
A arvore dos cassidulóides
A minha pesquisa também aborda os processos que afetaram a diversidade de espécies e a distribuição geográfica no ambiente marinho ao longo de milhões de anos. Análises preliminares indicam que os equinóides cassidulóides se originaram no oceano Tétis e que numerosos eventos de dispersão transoceânica durante o início do Cenozóico (~ 66-45 milhões de anos atras), alguns deles contra paleocorrentes circumglobais, os ajudaram a colonizar regiões tropicais no mundo todo.
Biogeografia da famÃlia Eurhodiidae
Evolução morfológica
Evolução paralela de estruturas orais em cassidulóides
Eu também sou interessada na evolução de planos corporais convergentes e estratégias de vida. Os equinodermos são caracterizados pelo seu esqueleto único, formado por uma malha intrincada de CaCO3. A arquitetura geral do esqueleto é complexa; em vez de uma estrutura rígida, o esqueleto é possui várias placas de formas e tamanhos variados, conectadas por tecidos moles. Os pepinos-do-mar, entretanto, desenvolveram um corpo vermiforme com um esqueleto totalmente interno composto por minúsculos ossículos e um anel de placas na região anterior, o anel calcário.
Eu uso técnicas de imagem avançadas, como a microscopia eletrônica de varredura (MEV) e a microtomografia computadorizada de raios X (micro-TC) para estudar o esqueleto dos equinodermos e sua relação com os órgãos internos.
A evolução do anel calcário do pepino-do-mar
Os animais que eu estudo
Equinodermos brasileiros
Até o momento, eu descrevi e revisei várias espécies de equinodermos, incluindo seis novas espécies brasileiras, e descrevi o uso de equinodermos no comércio aquariofilista na Bahia.
Cassiduloides
Os cassidulóides são equinoides irregulares (como bolachas-da-praia e corações-do-mar) que vivem principalmente em águas tropicais rasas. Atualmente existem apenas cerca de 35 cassidulóides viventes, mas o registro fóssil deste grupo é relativamente rico. Eu estudo a anatomia dos cassidulóides, as relações entre as espécies e os processos que afetaram sua evolução desde sua origem no Cretáceo. Mais informações aqui .
Pepinos-do-mar
Os pepinos-do-mar (holoturias) são equinodermos com corpo vermiforme, proximamente relacionados aos fortemente esqueletizados ouriços-do-mar. Além de revisar e descrever espécies, eu sou interessada na evolução de seu esqueleto reduzido e anatomia interna especializada.